Maria Guilhermina nasceu com uma rara anomalia cardíaca.
A família do renomado ator Juliano Cazarré tem vivido momentos de angústia com a nova internação de Maria Guilhermina.
O tratamento da pequena, diagnosticada com a anomalia de Ebstein – uma condição congênita rara – durante a gestação, tem sido compartilhado pelo casal com seus fãs e seguidores nas redes sociais.
Em um relato emocionante, Letícia Cazarré, esposa do ator, descreveu um dos momentos mais aterrorizantes dessa jornada.
O episódio mais difícil enfrentado por Letícia ocorreu na véspera do Dia dos Pais, quando Maria Guilhermina apresentou baixa saturação de oxigênio e precisou ser submetida a uma cirurgia delicada.
No dia 11 de agosto de 2022, a filha mais nova de Juliano Cazarré sofreu uma parada cardíaca em decorrência da anomalia de Ebstein.
Letícia narrou os instantes de tensão:
“Ela dormiu com a medicação, mas acordou 20 minutos depois, chorando, e vi que ela estava ficando vermelha, roxa, o lábio começou a inchar e o olho começou a virar. Gritei pelos médicos”, contou a mãe aflita.
Diante da situação crítica de sua filha, Letícia admitiu que tudo parecia ocorrer em câmera lenta e que não conseguia compreender o que estava acontecendo, exceto que Maria Guilhermina estava em parada cardíaca.
Com a incerteza sobre o futuro da menina, Letícia revelou que naquele momento, entregou a vida de sua filha nas mãos de Deus.
Maria Guilhermina permaneceu hospitalizada por sete longos meses, enfrentando inúmeras complicações e correndo risco de vida constante.
Anomalia de Ebstein, o que é
A Anomalia de Ebstein é uma condição cardíaca congênita rara que afeta a válvula tricúspide, localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito do coração. Esta válvula, composta por três folhetos, tem a função de controlar o fluxo sanguíneo entre as duas câmaras cardíacas.
Na Anomalia de Ebstein, os folhetos da válvula tricúspide são anormalmente formados, o que prejudica o funcionamento adequado da válvula e pode levar a uma variedade de complicações.
A Anomalia de Ebstein é geralmente diagnosticada durante a gestação ou logo após o nascimento, mas em alguns casos, pode passar despercebida até a idade adulta.
Os sintomas e a gravidade da doença variam amplamente e dependem do grau de anormalidade da válvula tricúspide e do impacto que isso tem no funcionamento do coração.
Os sintomas podem incluir:
Fadiga
Falta de ar, especialmente durante atividades físicas
Cianose (coloração azulada da pele devido à baixa oxigenação do sangue)
Inchaço nas pernas, tornozelos e pés
Palpitações cardíacas
Síncope (desmaio)
O tratamento da Anomalia de Ebstein
O tratamento da Anomalia de Ebstein depende da gravidade da condição e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em casos leves, o acompanhamento médico e a adoção de medidas preventivas, como a prática de exercícios físicos moderados e a administração de medicamentos para controlar os sintomas, podem ser suficientes.
Nos casos mais graves, cirurgia cardíaca para reparar ou substituir a válvula tricúspide pode ser necessária.
As perspectivas para pacientes com Anomalia de Ebstein variam dependendo da gravidade da condição e da presença de outras complicações. Com o tratamento adequado e o acompanhamento médico regular, muitos pacientes podem levar vidas saudáveis e ativas. No entanto, em casos mais graves, a doença pode ser potencialmente fatal ou requerer intervenções médicas significativas ao longo da vida.