O alho é dos alimentos mais importantes da nossa alimentação, pois é um poderoso antibiótico natural.
Os benefícios de comer alho são muitos: o alho combate gripes e viroses, ajuda a controlar o colesterol e a pressão arterial, limpar as artérias, fortalecer a imunidade, combater vírus e bactérias.
Infelizmente, hoje em dia precisamos nos preocupar com a procedência do alho que comemos.
O alho chinês, por exemplo, pode ser bastante perigoso para a nossa saúde, pois os agricultores chineses utilizam pesticidas e fertilizantes para aumentar a produção e acelerar a colheita do alho.
Segundo dados do próprio governo chinês, quase 1/5 do solo da China sofre contaminação por metais pesados, como arsênico e cádmio.
Isso porque o processo de industrialização chinês dos últimos 30 anos contaminou os principais rios do pais com grandes quantidades de produtos químicos industriais.
E o Brasil está importando muito alho da China.
Que fazer?
O melhor é evitar comprar o alho chinês. De preferência, se tiver possibilidade, compre alho orgânico. Se você tem um quintal em casa, aconselhamos vivamente a plantar o próprio alho, porque no Brasil a situação dos agrotóxicos não é muito diferente da China.
Se você compra alho no supermercado, geralmente na embalagem consta o local de origem do alho.
Como diferenciar o alho chinês do brasileiro
Segundo a legislação brasileira, há 2 tipos de alho no mercado do país: o branco (nobre) e o roxo (tropical).
Mas o alho chinês tem 2 tipos, o ‘White’ e o ‘Super White’. Qual a diferença entre os dois? Enquanto o ‘Super White’ é totalmente branco, o ‘White’ apresenta pequenas faixas roxas/rosas, o que faz com que seja colocado na categoria de ‘roxo’, embora não seja roxo, pois tem ligeiros toques de roxo. Roxo mesmo é o alho brasileiro tropical, que tem apenas umas nuances de branco.
Também dá para diferenciar o alho brasileiro do chinês pela qualidade do bulbo e a ‘ardência’. O alho chinês tem menos bulbo que o brasileiro, é mais leve e o sabor é mais fraco e adocicado. Enquanto o alho brasileiro tem um bulbo maios grosso, um sabor mais forte e mais ácido.
O alho brasileiro não fica atrás do chinês em perigo
Com o governo Bolsonaro, o Brasil abriu as portas do país para os fabricantes de agrotóxicos e pesticidas. Desde o início do governo, há 1289 novos venenos nas mesas dos brasileiros. A atual legislação brasileira vai na contramão da política dos países ricos.
Pra você ter uma ideia, 44% dos agrotóxicos liberados no Brasil são proibidos na União Europeia. Apenas o pesticida Fipronil, produzido pela Basf alemã, matou 500 milhões de abelhas entre 2018 e 2019, segundo os apicultores brasileiros.
A questão dos agrotóxicos apenas demonstra a política criminosa dos países ricos, que vendem para o Brasil substâncias que foram proibidas em seus países. A prática traz lucro para essas empresas multinacionais ao mesmo tempo que transfere riscos para o meio ambiente e para a saúde do povo brasileiro.
Esse crime contra a saúde do povo brasileiro conta com a conivência da Anvisa, que mudou a classificação toxicológica dos agrotóxicos, dificultando a identificação da toxidade dos produtos. Por exemplo, o aviso de ‘perigo’ foi retirado apenas dos produtos que não causam a morte, deixando de avisar a toxidade em produtos que podem causar cegueira, intoxicações graves e corrosão da pele.
Além do mais, o perigo também está na torneira do brasileiro. Um estudo realizado pela Agência Pública em conjunto com o Repórter Brasil encontrou um ‘coquetel’ de 27 agrotóxicos na água de 1 em cada 4 municípios do país.
Por tudo isso, o melhor mesmo é você plantar o alho em casa. E olha que esse artigo só falou do alho. Porque o tomate é uma verdadeira bomba agrotóxica. Mas isso fica para outra reportagem.