Uma criança ficou permanentemente paralisada e com danos cerebrais , depois de engasgar com um pedaço de maçã na creche onde estava sendo cuidado enquanto seus pais trabalhavam.
Neihana Renata tinha 22 meses, em 2016, quando o pedaço de fruta ficou preso em sua garganta. O caso aconteceu na Nova Zelândia, um dos países mais ricos do mundo.
Os professores tentaram retirar a fruta alojada e realizar respiração boca a boca. Mas o menino teve uma parada cardíaca por 30 minutos, privando seu cérebro de oxigênio e deixando-o com paralisia cerebral grave para o resto da vida.
Antes do acidente, o pequeno adorava dançar, correr e brincar ao ar livre. Hoje, ele não pode andar, falar ou mover seu corpo.
Nessa situação, Neihana é propenso a infecções no peito e é forçado a fazer visitas frequentes ao hospital. Sua mãe começou a estudar medicina para cuidar do filho.
O incidente levou o Evolve Education Group, empresa responsável pelo berçário e mais de 100 outros, a mudar sua política alimentar. A partir de então, maçãs e outras frutas e vegetais duros só podem ser servidos para crianças menores de 3 anos se forem descascadas, raladas, cozidas ou amassadas. O depoimento de sua mãe, Marama Renata, é assustador:
“Faz três anos e cinco meses que deixei meu filho, Neihana Renata, na creche. Eu o abracei, dei-lhe adeus, sem saber que, da próxima vez que o visse, ele não seria capaz de me abraçar de volta.
Recebi um telefonema a caminho de casa para o trabalho, onde me disseram que Neihana havia engasgado com um pedaço de maçã e a equipe estava fazendo reanimação cardiorrespiratória. Meu filho teve uma parada cardíaca que durou meia hora. Ele tinha 22 meses e apenas os quatro dentes da frente.
Depois de uma investigação da segurança social, fomos informados de que ” fizeram tudo o que puderam, na creche, para minimizar o risco”. Isso enquanto estávamos sentados com nosso filho no hospital, aprendendo como alimentar, trocar e mover nosso filho agora gravemente deficiente.
Meu filho foi servido com um grande pedaço de maçã, contra as diretrizes do ministério para menores de 3 anos. Deram esse grande pedaço de maçã para ele enquanto ele estava sendo supervisionado por trabalhadores treinados em primeiros socorros. O meu filho engasgar não foi um “acidente”.
Depois disso, descobrimos que existe um grupo internacionalmente reconhecido de alimentos que apresentam alto risco de asfixia para bebês e crianças pequenas. Que já existiam orientações que o Ministério da Saúde recomenda que todas as creches sigam para reduzir o engasgamento, mas que muitos centros e professores desconhecem que essas orientações existem”.
Por isso, aqui fica o alerta para os pais e todos os berçários e creches do Brasil.