Any Awuada denuncia condições precárias em cela após sua prisão
A influenciadora Nayara Macedo, conhecida como Any Awuada, está enfrentando condições extremamente precárias na cadeia pública de Itaquaquecetuba, em São Paulo, onde se encontra detida desde 22 de maio. Ela foi presa sob suspeita de envolvimento em um esquema de falsificação e venda de cosméticos adulterados, após investigações que apontaram movimentações financeiras superiores a R$ 1 milhão.
Denúncia das Condições Carcerárias
Por meio de vídeos e imagens divulgados por seus advogados, Any Awuada expôs a realidade degradante da cela onde está presa. As imagens revelam um ambiente superlotado, compartilhado por mais de seis detentas, incluindo gestantes e idosas. O espaço carece de camas ou colchonetes adequados, obrigando as presas a dormirem no chão ou em locais improvisados. Além disso, não há banheiro funcional, chuveiro com privacidade ou acesso a água corrente, e a presença de ratos e baratas é constante.
Imagens da cela:
Impacto na Saúde e Direitos Humanos
A defesa de Any Awuada relatou que ela contraiu uma infecção urinária devido às condições insalubres da cela e precisou ser levada ao hospital. Outras detentas também enfrentam problemas de saúde sem receber o devido atendimento médico. As presas denunciam a falta de banho de sol, visitas restritas a 10 minutos e a impossibilidade de contato com advogados, configurando uma violação dos direitos humanos.
Prisão e Investigação
Any Awuada foi detida juntamente com sua mãe, Ângela de Macedo, em Mogi das Cruzes. Durante a operação, foram apreendidos cosméticos de marcas conhecidas e um veículo Audi Q3, avaliado em cerca de R$ 150 mil. A investigação teve início em agosto de 2023, após uma cliente denunciar a compra de perfumes falsificados. Além disso, Any responde a um processo no Tribunal de Justiça de São Paulo por não entregar um perfume adquirido em sua loja.
Posicionamento da Defesa
Os advogados de Any Awuada contestam a legalidade da prisão e afirmam que buscarão medidas judiciais para assegurar o respeito aos direitos básicos e à integridade física da detenta durante sua detenção. Eles também destacam que a situação enfrentada por Any reflete um problema sistêmico nas unidades prisionais brasileiras, onde a superlotação e a falta de condições mínimas são recorrentes.