Fiuk se liberta do peso de ser filho de Fábio Jr. e faz forte desabafo: “Pagar esse preço foi difícil”
O cantor e ator Fiuk abriu o coração ao falar sobre um tema que o acompanhou durante toda a sua trajetória: o peso de ser filho do cantor Fábio Jr., um dos maiores ícones da música brasileira.
Em um desabafo sincero e emocionado, o artista revelou que por muitos anos carregou o fardo de viver à sombra do pai e de ter sua identidade constantemente comparada ou questionada.
“Paguei um preço alto por ser quem eu sou”
Fiuk contou que durante boa parte da carreira sentiu necessidade de provar a si mesmo que era mais do que “o filho de alguém famoso”.
Segundo ele, a pressão vinha de todos os lados — da mídia, do público e, principalmente, de dentro.
“Durante muito tempo eu vivi tentando mostrar que era diferente, que eu tinha meu próprio caminho. Eu não queria decepcionar meu pai, mas também não queria viver no reflexo dele. Pagar esse preço foi difícil.”
O cantor explicou que essa busca por identidade o levou a cometer erros e a se afastar, em alguns momentos, das pessoas que mais amava.
Ainda assim, afirma que cada queda foi essencial para entender que a comparação com o pai nunca deixaria de existir, mas que isso não precisa ser um fardo.
Reconstrução e maturidade
Hoje, mais maduro, Fiuk diz que finalmente aprendeu a olhar para a própria trajetória com orgulho e leveza.
Ele reconhece o privilégio de ter crescido ao lado de um dos artistas mais respeitados do país, mas deixa claro que o nome famoso também trouxe cobranças emocionais pesadas.
“As pessoas acham que ser filho de alguém conhecido é fácil, mas não é. A gente cresce com a sensação de que precisa ser perfeito o tempo todo, e isso é impossível.”
O cantor afirmou que passou anos tentando corresponder às expectativas — tanto do público quanto do pai — e que isso o deixou esgotado.
O processo de libertação, segundo ele, veio com o tempo, com a terapia e com a aceitação de que o amor paterno não precisa ser provado pela profissão ou pelo sucesso.
A relação com Fábio Jr.
Fiuk fez questão de destacar que sua relação com Fábio Jr. sempre foi marcada por respeito e afeto, mesmo com os conflitos naturais entre pai e filho.
Ele contou que, em muitas conversas, o próprio Fábio o incentivou a buscar o próprio caminho e a não se prender às comparações.
Hoje, os dois vivem uma fase de maior proximidade e cumplicidade. Fiuk afirmou que admira o pai profundamente, mas que aprendeu a enxergá-lo não apenas como ídolo, e sim como ser humano — com acertos, falhas e vulnerabilidades.
“Meu pai é meu maior exemplo de amor e também de humanidade. Ele me ensinou que a gente não precisa ser perfeito, precisa ser verdadeiro.”
O peso da fama e o autoconhecimento
Durante o desabafo, Fiuk também falou sobre as consequências da exposição pública.
Ele lembrou dos julgamentos e das críticas que enfrentou quando participou do Big Brother Brasil, e como o programa foi um divisor de águas em sua forma de se ver.
“Foi uma experiência que me colocou frente a frente com quem eu era. Tive que lidar com minhas inseguranças, com minha imagem, com o que as pessoas esperavam de mim. Foi doloroso, mas necessário”, contou.
A partir dali, ele passou a encarar a carreira com mais autenticidade e menos medo de errar. “A gente se liberta quando entende que não precisa agradar todo mundo. O sucesso de verdade é a paz interna”, afirmou.
Um novo capítulo
Fiuk vem se dedicando a projetos musicais e autorais, explorando sonoridades diferentes e apostando em letras mais pessoais.
Ele também revelou estar escrevendo composições inspiradas nesse momento de renascimento, em que quer mostrar um lado mais leve, espiritual e verdadeiro.
Além da música, o artista tem se envolvido em causas sociais e no apoio à saúde mental, tema que ele considera essencial para quem vive sob os holofotes.
“Demorei para entender que vulnerabilidade não é fraqueza. É o que me torna real. Hoje quero inspirar outras pessoas a aceitarem suas imperfeições, porque foi isso que me salvou.”
O legado e a superação
A jornada de Fiuk reflete a de muitos filhos que carregam sobrenomes conhecidos: viver tentando equilibrar gratidão e individualidade.
Ele reconhece que o público sempre o verá como “o filho de Fábio Jr.”, mas agora encara isso como um título de amor, não de peso.
“Sou filho dele, sim, e tenho muito orgulho. Mas também sou o Fiuk — com meus erros, minhas canções e minha história. Hoje, eu me sinto livre.”
Com essa nova fase, o cantor mostra que amadurecer é um processo de libertação — e que, no fim, o maior sucesso é fazer as pazes com quem somos.