A atriz e apresentadora Giovanna Ewbank voltou a expor um limite que, para ela, nunca esteve em discussão: ninguém tem autorização para atacar a imagem ou a autoestima de sua filha.
Tudo começou após Giovanna publicar novas fotos de Títi, 12 anos, exibindo o visual escolhido para o verão — boho braids e uma cor de cabelo que ela mesma quis. A reação geral foi elogiosa, mas um comentário irônico, insinuando que o autor “perderia a conta” se dissesse o que pensava, provocou a imediata resposta da atriz.
Giovanna respondeu de forma curta, porém objetiva, deixando claro que comentários maldosos direcionados a uma menina não seriam tolerados. O recado, mais do que para um usuário específico, funcionou como aviso geral: atacar criança, principalmente no recorte da aparência, não tem graça, não tem justificativa e não é “opinão” — é violência.
O episódio reacende o debate sobre a cultura do comentário cruel nas redes sociais e o quanto as celebridades e seus filhos estão expostos a julgamentos públicos ininterruptos. A naturalização de “piadinhas” sobre estética infantil, além de destrutiva, diz muito mais sobre quem emite do que sobre o alvo.
Giovanna, ao se posicionar, acerta novamente no ponto em que se especializou nos últimos anos: transformar seus perfis — seguidos por milhões — em espaço de proteção, afeto e afirmação. A escolha é pedagógica. Ao impor limites visíveis, a atriz não apenas preserva a filha, como também sinaliza que crianças negras, adotadas, expostas e públicas não são território livre para a agressividade coletiva travestida de humor.
Títi, com seu visual escolhido e comemorado pela própria mãe, aparece como protagonista de sua própria estética. O recado de Giovanna é cristalino: a adolescência de sua filha será construída com liberdade e autoestima — não sob a ótica do sarcasmo alheio.
Em tempos de hate on demand, defender crianças não é gesto isolado, é ato político. A resposta da atriz vai além da defesa familiar: demarca fronteira e devolve responsabilidade a quem comenta.