Na última segunda-feira (1º de setembro de 2025), durante a edição especial em comemoração aos 56 anos do Jornal Nacional, William Bonner surpreendeu os telespectadores ao anunciar sua saída da bancada após quase três décadas de compromisso com o noticiário. A despedida está programada para ocorrer em 3 de novembro deste ano.
O principal motivo por trás dessa decisão foi o desejo de retomar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Bonner revelou que cogitou essa mudança há cerca de cinco anos, no auge da pandemia, um período em que muitos passaram a repensar suas prioridades e ritmo de vida.
Ele também falou de uma situação pessoal que reforçou essa necessidade: um de seus três filhos estava se mudando para estudar no exterior, e ele percebeu que sua rotina não permitia que aproveitasse momentos que gostaria com a família. Em suas próprias palavras, “a conta não estava fechando”.
Além disso, Bonner acumulava funções como apresentador e editor-chefe do JN há 26 anos — uma sobrecarga que, segundo ele, exigia um tempo significante do seu dia a dia.
Mas não se trata apenas de uma saída. A mudança foi planejada com cuidado e antecedência, permitindo uma transição ordenada — um processo extenso que levou aproximadamente cinco anos para ser estruturado com todos os envolvidos.
A Globo anunciou que, a partir de 2026, Bonner assumirá a apresentação do Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg, mantendo sua presença na emissora com um ritmo mais compatível com sua nova fase.
Em relação à substituição, César Tralli ocupará seu lugar na bancada do JN, ao lado de Renata Vasconcellos, a partir de 3 de novembro. Ele já está no comando do Jornal Hoje e possui vasta experiência, tendo iniciado sua carreira como repórter — inclusive fazendo matérias para o Jornal Nacional.
Para completar o ciclo de renovação dentro da emissora:
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Cristiana Sousa Cruz, editora-chefe adjunta, assumirá a chefia editorial do Jornal Nacional;
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Roberto Kovalick será o novo apresentador do Jornal Hoje;
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Tiago Scheuer passará a comandar o matinal Hora Um.
Em resumo, essa transição marca o fim de um ciclo histórico no jornalismo brasileiro — e o começo de uma nova fase na carreira de William Bonner, com menos pressões de rotina e mais espaço para projetos pessoais e familiares.