O estado de saúde de Fausto Silva, o eterno “Faustão” da TV brasileira, continua preocupando fãs, amigos e colegas de profissão. Internado desde 21 de maio no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o apresentador de 75 anos enfrenta um dos momentos mais delicados de sua vida.
De acordo com o cardiologista Elisiário Júnior — que não integra a equipe responsável pelo tratamento, mas analisou o caso com base nas informações divulgadas —, o quadro é gravíssimo e as chances de recuperação são baixas.
Quadro médico e transplantes recentes
A internação começou por causa de uma infecção, mas complicações levaram a procedimentos de alto risco: um retransplante de rim e um transplante de fígado, ambos realizados em 6 de agosto. Nos últimos dois anos, Faustão já havia passado por um transplante de coração e outro de rim, somando quatro procedimentos complexos em um curto período.
Segundo o médico, isso configura uma situação de falência múltipla de órgãos, um dos cenários mais críticos na medicina.
“Imagine só: um transplante de coração, dois de rim e agora um de fígado. Quanto mais órgãos transplantados, mais delicada é a recuperação”, explicou Elisiário Júnior.
Sepse e resistência bacteriana
Além dos transplantes, Faustão enfrenta sepse — infecção generalizada que provoca uma resposta intensa do organismo e pode comprometer vários sistemas ao mesmo tempo.
Pacientes que passam longos períodos internados têm maior risco de contrair bactérias resistentes, que não respondem facilmente aos antibióticos convencionais. O tratamento, então, exige medicamentos mais potentes, mas que competem com o uso de imunossupressores — essenciais para evitar a rejeição dos órgãos transplantados.
“Nem sempre o antibiótico é suficiente. Às vezes é preciso reduzir a medicação que deprime o sistema imunológico, mas isso abre espaço para novas infecções”, afirmou o cardiologista.
Repercussão e apoio
A situação mobilizou uma onda de solidariedade. Artistas, ex-colegas da Globo, personalidades da política e milhares de fãs têm enviado mensagens de apoio nas redes sociais. Muitos relembram histórias e bordões que marcaram gerações, como o famoso “Ô loco, meu!”, símbolo das tardes de domingo.
Um desafio extremo para a medicina
Especialistas apontam que a combinação de múltiplos transplantes, infecção grave e resistência bacteriana representa um dos maiores desafios médicos possíveis, ainda mais em pacientes idosos, cuja recuperação natural é mais lenta.
Apesar do cenário preocupante, familiares, médicos e fãs se agarram a qualquer sinal positivo. Como resumiu um amigo próximo:
“Se tem alguém que pode virar esse jogo, é ele”.
O país aguarda novas atualizações, na torcida para que Faustão supere mais essa batalha.